sábado, 3 de outubro de 2009


O Dia D

Tempestiva madrugada aquela,
Permitindo-me tolo, espalhei sofrimento.
Em busca de uma fundada ilusão, fui vítima do meu mau-gosto.

O veneno me atiçou, vermelha como em conto de fadas,
A maça se fez irresistível, seu cheiro me fez egoísta.
Em minha valente covardia, me fiz um completo idiota.

O gosto do fel de suas verdades berradas,
O escarro de sua dor e decepção me tomaram,
O efêmero e inocente doce da ilusão nem chegou aos meus lábios.

Restou em mim a redenção, o choro ridículo de quem se viu frágil.
Em você, a raiva e desejo de vingança de um vitimado.
Todos reféns de minha entorpecente decisão.

Gabriel T.

2 comentários:

  1. E para os poetas, as mais diversas situações tornam-se virtuosas na profundidade das palavras que viram pelo avesso o interior, acalmando a alma.

    Linda poesia Gabriel!

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